Proposta dos sindicatos foi aprovada pela categoria durante assembleias do dia 30
Por Cláudia Fonseca
O resultado foi unânime. Além de não aceitarem a mudança da data-base e reajuste salarial que contemple apenas a reposição da inflação, trabalhadores aprovaram a proposta dos sindicatos de dar início a Operação não-colaboração. A resposta foi dada durante assembleias que aconteceram em todo o Brasil, no último dia 30. No Rio de Janeiro, a votação da pauta foi conduzida pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), na Associação dos Servidores Civis da Aeronáutica (ASCAER).
Apesar de a operação ter um nome que possa preocupar o público usuário, a iniciativa nada mais é do que um incentivo para que os funcionários se recusem a realizar suas atividades fora das normas estabelecidas pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os profissionais foram orientados a não permitir, em hipótese alguma, abusos cometidos pelas contratantes. Os trabalhadores afirmam que não são colaboradores das empresas – apesar de serem denominados dessa forma por elas -, mas sim empregados, que sofrem com constante exploração.
Detalhes da operação
Na rampa, os aeroviários foram orientados a não trafegar com veículos nos aeroportos com velocidade acima da permitida pela Infraero, que é a de 20 km/h; separar rigorosamente as malas dos passageiros e retirar uma de cada vez do compartimento de cargas.
Na manutenção, não devem aceitar horas extras e dobras, nem liberar a aeronave para voo quando o mecânico não estiver habilitado para executar o serviço. Devem fazer inspeção visual para retorno da aeronave conforme determinam as recomendações e não atender mais de uma ao mesmo tempo.
No check-in, os profissionais devem cobrar os seus 15 minutos de lanche, não aceitar mais mudança de escala sem aviso prévio, nem fazer horas–extras. Ou seja, os trabalhadores apenas vão exigir que as empresas cumpram o estabelecido na legislação trabalhista. Essa é uma maneira de evitar que a segurança de voo seja comprometida e forçar maiores contratações, já que o excesso de jornada é um dos principais problemas enfrentados pelos aeroviários, o que também prejudica o bom funcionamento do setor.
fonte: http://www.sna.org.br/noticia.php?id_not=171
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
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