Por Wilson Santos, 19/04/2009.
Crise! Crise! Crise! Anunciam os porta-vozes do sistema capitalista. Bolsas despencando, empresas quebrando, desempregos em massa. A história é antiga, mas a cada período o ciclo das crises se torna cada vez mais curto e brutal para a classe trabalhadora. Analisando mais de perto essa tal crise, não é difícil de compreendê-la. Basta desligar a televisão, deixar de ler revistas e jornais especulativos e sensacionalistas e buscar a solução nos clássicos do pensamento humano. Todo problema carrega em si mesmo a gênese da solução.
O sistema capitalista chegou ao seu último estágio de desenvolvimento e não foi agora. Esta fase de putrefação iniciou-se com o imperialismo antes mesmo da primeira guerra mundial e se estendeu por todo o longo do século 20 resultando em duas guerras mundiais bestiais e a guerra fria onde os interesses imperialistas do capitalismo interviu de maneira violenta e desumana em todos os países que ainda não haviam consolidado como nações independentes.
A revolução burguesa do século 16 não libertou todas as pessoas da sociedade, apenas os próprios burgueses, os futuros espoliadores dos povos. Aos trabalhadores, restou somente o direito de ser livre para venderem a única coisa que possuíam: a sua força de trabalho. O capitalista tomou tudo para si: terras, fábricas, lares e a maior parte do trabalho do ser humano. Monopolizou o direito ao direito, criou leis para amordaçar o povo; criou meios de entretenimentos para idiotizar o povo; criou um sistema político “democrático” para enganar o povo; criou a polícia e o exército para proteger a propriedade privada (a deles é lógico), porque para o povo é crime possuir um pedaço de terra; criou também as crises econômicas para poder queimar o excesso de produtos e assim, forçar o aumento do preço dos mesmos enquanto milhares de trabalhadores ficam desempregados. Enfim, O problema do capitalismo é o próprio capitalismo. Enquanto houver um sistema onde poucos lucram e milhares vivem em péssimas condições de vida as crises estarão cada vez mais presentes e impetuosas com os trabalhadores.
E qual é a papel do sindicato? Nada mais que organizar as massas trabalhadoras das diversas categorias contra esse sistema. Lutar para elevar o nível de consciência política dos trabalhadores, avançar nas lutas não somente no campo econômico (salários), mas ir além do problema, buscar a raiz da doença e cura-la de maneira definitiva. A principal função do sindicato não é só defender de forma coletiva os interesses dos trabalhadores frente à exploração do patrão, mas ir além dos muros da ignorância e da alienação. Em resumo, ajudar a acabar com esse regime que sobrevive por meio da exploração do homem pelo homem.
Sobre as formigas, não há muito que escrever, elas apenas seguem trabalhando e trabalhando. Seguindo simplesmente o instinto natural de nascer, crescer e morrer. Nada mais. Talvez se elas tivessem consciência que são milhares...
domingo, 21 de fevereiro de 2010
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